Em tempos de relembrar o passado e de fato expor os fatos ocorridos há 50 anos e aquilo que a CNV (comissão nacional da verdade) propôs como parte de sua tarefa geral- identificar e investigaras ações repressivas praticadas pelas igrejas que reproduziram, interna e paralelamente, perseguições que o Estado realizava no âmbito da sociedade. O rigor e a originalidade do autor como pesquisador trouxeram à luz o debate acerca de um grupo presbiteriano na região de Campinas- SP e de sua publicação independente ( o Jornal Presbiteriano), que podem ser tomados como resistência ao governo eclesiástico que chegou ao poder em 1966 na Igreja Presbiteriana do Brasil e, por conseguinte, ao regime militar e ditatorial es elecido no país pelo golpe de 1964. Na terminologia político-teológica de Robinson Cavalcanti, o grupo presbiteriano oposicionista da região de Campinas, que não foi o único no país, pode ser tomado como o remanescente fiel que se recusou a subir no trem da ditadura militar ou dele desceu muito rapidamente.