'Instalada numa rocha, a Esfinge propunha um enigma aos passantes. Se não fossem capazes de resolvê-lo, ela os matava e devorava. Ao enfrentá-la Édipo recebeu o seguinte enigma: qual é o animal que tem quatro pés de manhã, dois ao meio-dia e três à tarde? O herói prontamente respondeu: o homem, na infância arrastase sobre os pés e as mãos, depois mantém-se em pé e na velhice faz uso de um bastão.' O enigma da esfinge é uma metáfora do péripio evolutivo do ser humano, e decifrar as vicissitudes desta trajetória foi a tarefa simbolicamente atribuída a Édipo. Neste livro, essa tarefa é retomada para, sob a ótica psicanalítica, continuarmos vasculhando os muitos sentidos possíveis à resposta de Édipo.