Sem dúvida, para um resultado que interessa tanto aos psicólogos e, particularmente, aos psicanalistas que ensinam na universidade, seria preciso falar de um outro lugar. Neste texto de grande rigor psicanalítico, além da psicanalista, aparece também o melhor da formação médica de Telma Queiroz, mas como os médicos de outrora, humanistas, cultos e sensíveis à questão da relação abandonada pela medicina científica, a preocupação de não se refugiar numa concepção simplista do normal e do patológico, ou epidemiológica, da saúde. Se este livro constitui um aporte teórico essencial abrindo pistas para a psicopatologia do desmame, constitui igualmente um guia do ato terapêutico possível da relação mãe-filho, que não cai na ilusão preventiva ou na ideologia do counseiling seja ele concebido à maneira americana ou à europeia. (Jean Jacques Rassial)