O livro enfoca a história das ideias políticas que fundamentaram as propostas de reformas políticas (política interna e externa) e judiciárias no Brasil imperial, a partir do círculo dos homens novos, composto por jovens políticos do Partido Conservador como, José Thomas Nabuco de Araújo (1813-1878), José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco 1819-1880) e Francisco Ignácio Carvalho Moreira (Barão de Penedo 1816-1906). Em sua pesquisa, a autora Gizlene Neder dá maior ênfase às práticas reformistas dos dois primeiros, Nabuco de Araújo e Visconde do Rio Branco, uma vez que a atuação do Barão de Penedo ficou mais restrita à área externa da política imperial. Esses homens novos estiveram amplamente comprometidos com a profissionalização, institucionalização e modernização do campo jurídico no Brasil. Através da identificação de uma rede de sociabilidade política (principalmente por meio da maçonaria), que influiu de forma decisiva no processo de reformas institucionais da sociedade brasileira e que atuou política e ideologicamente no período do Segundo Reinado (1840-1889), a autora objetiva apresentar a relação entre a dinâmica decisória do campo político hegemônico no Brasil no século XIX e construção social da lógica punitiva, a partir da construção e consolidação de uma política de corte conservador.