Neste romance, José Nivaldo penetra, lúdica e magistralmente, em faixa sedutora e farta, reconstituindo a moldura dos aspectos mais vivazes de nossa política de outrora - o coronelismo - que as novas condições de tempo e meio liquidaram, ou vão liquidando pouco a pouco, transformando-a em velharias do passado - o entrudo, as cavalhadas, o jogo de argolinhas, o fandango, o "rapto de moças", as 'santas missões", as noites de São João, os cantadores e violeiros... Um romance, em suma, que, deliciando como manifestação de arte, na palavra escrita, do mesmo modo instrui e se oferece como documentário objetivo, abrindo caminhos para uma visão global do processo político de um povo, empenhado, por vezes em vão, em encontrar-se, encontrando seus rumos e a realização de seus destinos históricos.