Antonio Gouvêa Mendonça reconstitui o caminho da penetração no Brasil do presbiterianismo, de 1859 ao final do século XIX, e analisa suas peculiaridades em face da história do calvinismo. Ele rastreia essa gênese histórica tendo como ponto de partida o hinário utilizado nas igrejas daqui. Nesse percurso, demonstra a distância que separa a mentalidade dos presbiterianos brasileiros da própria tradição européia, buscando as peculiaridades da inserção dessa religião no país, desenvolvendo interessante reflexão sobre a inserção predominantemente rural nos primórdios da difusão do culto entre nós. O interesse do autor foi o de compreender como os fatores específicos de ordem histórico-social no Brasil, aliados à especificidade da mensagem religiosa dos missionários, modelaram aqui um protestantismo com características próprias, até certo ponto negador de seus modelos históricos ligados ao liberalismo e à modernidade.