Quando leio os compêndios que contêm as declarações dos pesquisadores da estação Andrômeda, local onde o sinal foi detectado pela primeira vez, percebo como fomos inocentemente pretensiosos. Crer que estávamos penetrando a mente de uma civilização diversa, provavelmente mais antiga e sábia que a nossa, enquanto decifrávamos os aspectos externos daquele artefato, levou-me a uma comparação interessante. Éramos mergulhadores que, com grande fascínio, tinham se deparado com os restos de um galeão naufragado, do qual só era possível observar a âncora, meio enterrada no lodo submarino e já corroída por centenas de anos de exposição à fúria do mar. Nada sabíamos dos construtores do galeão. Não fazíamos a mais tênue idéia de como era seu tombadilho ou onde ficava a ponte de comando...