Kauan Almeida é marulhoso. Precisei acessar uma calmaria minha, vinda do signo de água, para poder seguir o movimento do poeta baiano, a quem sempre falei ser uma das vozes mais estrondosas do século XXl. Quando se lê as primeiras linhas deste livro, que se transfigura para além da estética e forma poética, se é atingida/o/e. Eu fui. Sobrevivi ao naufrágio. Faz um tempo que ouso brincar com as palavras, e parece que sempre, ao tentar falar sobre a escrita do autor, tal brincadeira me escapa pelos dedos. Eu engancho a bola na árvore amarela da vizinha. Acontece que esta obra me pegou em cheio. Talvez pela acidez das palavras, as metáforas criadas para fazer o caminho oculto, como o título, que diz muito sobre uma das paixões de Almeida: Caetano Veloso. Talvez por nos trazer notícias de desejos pungentes, corpos que esbarram nos nossos quando trafegamos pelo mundo em busca de um rosto. O Outro. Fulano. Aqui, também se elabora sobre o véu que o autor tenta manipular para que nós,(...)