A doença é como um véu que ao ser retirado mostra o rosto mais próximo de sua autêntica fisionomia. Neste sentido, a pandemia do coronavÍrus não poupou ninguém. Todos fomos expostos, cada um à sua maneira. Como nos lembra Machado de Assis, “se o rosto é igual, a fisionomia é diferente”. Mas a Covid-19 não apenas arrancou o véu. Exigiu em troca o uso de máscaras. Sobrou o olhar que debruça sobre o mundo transformado. Vendo o que acontece no mundo, na esquina ou em casa, não há como evitar um balanço em nossas crenças, valores e convicções. Trilogia de uma Pandemia é uma mostra de olhares: os relatos de artistas, psicanalistas, escritores, médicos, enfermeiros, psicólogos, professores e estudantes são permeados pela experiência profissional, mas também pela vivência na pandemia, no calor da hora. Nossa trilogia é um convite ao diálogo com o leitor. Afinal, nessa pandemia somos todos atores e espectadores de um baile de máscaras que parece não ter fim.