Na “Odisseia”, uma das obras patriarcais da literatura ocidental, Éolo é o senhor dos ventos e tenta ajudar Ulisses e sua tribulação com um presente: um saco de couro contendo todos os ventos, exceto o vento oeste, que os levaria para casa. Os marinheiros curiosos abriram o saco, libertando os ventos, que os deixou novamente sem rumo. Não é em um saco que Ela mergulha, mas em si, e a odisseia não mais é uma viagem que se faz nos mares gregos, mas no fluxo da linguagem, que é soprada em capítulos poemasprosas e vez e outra, deixa de estar escrita em pedras imutáveis, para se reinventar e voltar ao domínio dEla. “Ela: fragmentos em éolo” é uma aventura poética, em que a linguagem transformadora tem o mesmo poder do vento. Não o vento dos mitos gregos, mas o vento que traz vida como um sopro. Venha viver a ventania de “Ela: fragmentos em éolo”.