O Livro de Quasnada é como o meu Livro de miniaturas: é sobre quase nada. São livros de Quasnada sobre quase tudo que anda virando quase nada por falta de função ou utilidade, por derrota da subjetividade. São livros que falam à subjetividade através das figuras das miniaturas (nascimentos, encantamentos, ausências, destinos, sonhos) e das figuras de Quasnada (amores & solidões, transfigurações, mistérios & delírios). Não sei se é possível resgatar a subjetividade de seu poço profundo, mas talvez seja possível recordá-la abrindo um álbum de figuras da subjetividade. Podemos ver Quasnada como abreviatura do nome de um projeto intitulado Quasnada de Quastudo, do qual o Livro de Quasnada é um espécime. O universo de Quastudo é praticamente ilimitado, e outras figuras podem se revelar. Mas, infelizmente, não sabemos dizer com antecedência quais serão: é necessário esperar o acontecimento. Uma característica menos visível de Quasnada consiste em tentar dizer Quastudo de Quasnada, de tal modo que ao se tentar dizer Quasnada de Quastudo se tente dizer Quastudo de Quastudo, o que nos deixa com a impressão de que não há uma diferença notável entre Quasnada e Quastudo.