Investigação de como se configura a representação do imaginário nacional na literatura contemporânea a partir da saga Inferno provisório, de Luiz Ruffato, publicada em cinco volumes pela editora Record. Num tempo em que a narrativa da nação se faz ficção desnecessária, por ser fruto de contingências históricas já ultrapassadas, o autor resiste à estandardização cultural desencadeada pelo processo de globalização, sem cair no anacronismo da representação essencialista, totalizante e homogênea da nação. Quando os conceitos de razão, ciência e história linear são postos em xeque, o autor constrói através da fragmentação uma representação ao mesmo tempo crítica e afetiva de um Brasil fora da ordem e do progresso.