Diante da intolerância e dos seus efeitos, a tolerância é suficiente? Ou é necessário ir além, dar outros passos? Não basta a atitude tolerante em favor da pessoa que está sendo injustiçada e foi ofendida em sua crença de fé ou foi agredida em sua dignidade humana. É preciso incluir o respeito e a justiça com as pessoas e com as religiões por aquilo que elas são e merecem. Além da tolerância é preciso fazer mais se, de fato, queremos extinguir este mal. São necessárias ações de justiça que possam restaurar as feridas. Um exemplo mencionado para isso é o do “Bom samaritano” ao ver o homem espancado e semimorto à beira do caminho (Lc 10,29-37). O samaritano compadeceu-se ao vê-lo, porém, não parou na compaixão. Foi ao seu encontro com várias ações concretas que possibilitaram a restauração da sua condição ferida. Um olhar sobre o que acontece no mundo aponta para nuvens estranhas no ar.