Neste livro a autora faz uma interpretação poética de textos do Antigo e do Novo Testamento, a partir do relato da exigência de Jeová a que Abrãao oferecesse seu filho Isaac em holocausto. O paradoxo se instaura, pois a ordem não iria romper com a promessa de que a sua descendência seria mais numerosa do que as estrelas do céu. O Deus fiel não pode se contradizer. E a surpreendente resposta de Abraão quando interpelado pelo filho abre caminho para a Encarnação do Verbo. O patriarca e a poesia são o fio condutor dos demais relatos, tais como o holocausto, o sobrevivente, a testemunha, o profeta, a igreja primitiva, a promessa, a santidade, a grande narrativa, o resto de Israel. A memória emotiva suscita imagens e elas impregnam o texto que não é apologético, mas uma afirmação de que a fé é uma disponibilidade para exercer o bem e instaurar a justiça, pela solidariedade das pessoas e dos povos.