Há alguns séculos, o tempo era portador da esperança. Esperávamos, assim, calmamente o futuro, evolução, maturação, progresso, desenvolvimento - ou revolução. Já não é o caso. O futuro praticamente desapareceu. Um presente imóvel se abateu sobre o mundo, desfazendo o horizonte da história como os sinais das gerações. De onde vem esse eclipse? Por que o futuro se dissipou, nas consciências individuais como nas representações coletivas? Existem remédios, saídas de emergência? Para responder, Marc Augé escrutina, com precisão e clareza, as múltiplas dimensões da mundialização, sobretudo seus aspectos políticos, científicos, simbólicos. Ele indica a causa de nossa crise da temporalidade e propõe uma solução de esperança.