A quase um bilhão de seres humanos vem sendo negado o valor mínimo de subsistência, fixado pela linha internacional da pobreza. Ao mesmo tempo, nas mãos de alguns poucos que, por mera aleatoriedade, nasceram em nações desenvolvidas, concentra-se a maior parte da riqueza, acumulada de forma sem precedentes. Embora ainda em estágio incipiente, tributaristas internacionais passaram a se preocupar em dar início ao necessário desenvolvimento de pesquisas sensíveis às demandas da justiça socioeconômica global. No entanto, faltam trabalhos que estabeleçam, para o cenário além-fronteiras, uma relação bem defi nida entre tributação, necessidades básicas dos indivíduos e teorias da justiça. Como as robustas demandas fi rmadas em tratados internacionais de direitos humanos geram custos, há de ser encontrada uma fonte de fi nanciamento capaz de fazer frente a elas.