O autor parte do movimento das Cidades Educadoras e defende a ideia de que a cidade poderá ser educativa em seu todo. Essa é uma concepção utópica de cidade, relacionada ao desejo de uma vida social emancipada. Mas a concepção de utopia defendida, entretanto, não é no sentido negativo de algo inalcançável, e sim a utopia entendida como algo que ainda não existe, mas poderá ser alcançado no futuro a partir da luta esperançosa por uma sociedade mais humanizada. A Cidade Educadora é um sistema com plexo em evolução constante, que dá prioridade absoluta ao investimento cultural e à formação permanente de sua população. O conceito surgiu no início da década de 1990, na Espanha, quando alguns profissionais da educação começaram a perceber que a escola, sozinha, não tinha condições de transmitir todos os conhecimentos e informações do mundo contemporâneo aos seus alunos. Uma Cidade Educadora incentiva a formação para a cooperação, pois é através dela que visualizamos um elemento estratégico que auxilia na construção de novas relações sociais.