Entre 1946 e 1948, o 'Diário de S. Paulo' publicou um 'Suplemento Literário', editado por Geraldo Ferraz e Patrícia Galvão. Esse foi momento de grande transformação em São Paulo, só então a ganhar ares de metrópole. O estudo pioneiro de Juliana Neves demonstra que, apesar de pouco lembrado, o Suplemento foi peça decisiva para a atualização literária da cidade. Além de ter contribuído para a persistência do espírito de 22, preparou o terreno para novos movimentos e instituições. Seus nexos com a aclimatação da arte abstrata, com a criação do MASP e do MAM e a reverberação de suas idéias e atitudes na geração concretista estão entre os melhores achados deste livro.