Era 14 de junho de 1972. Leila Diniz estava no vão da Japan Airli-nes que faria escala em Nova Déli, na Índia. A 25 quilômetros do aeroporto, o avião explodiu, provavelmente alvo de uma bomba. Morria assim, no nascedouro, o sonho tantas vezes adiado de ser mãe - Janaína, sua única filha, estava com apenas 7 meses. Leila Diniz teve uma vida pessoal turbulenta desde a infância, quando sua mãe precisou, coincidentemente, abandoná-la aos 7 meses para se tratar de tuberculose. Saiu de casa cedo, aos 16, para se casar com o cineasta Domingos de Oliveira e, depois do casamento acabado, teve inúmeros namorados. Falava o que pensava e era afiadíssima nos palavrões, substituídos por asteriscos na célebre entrevista que concedeu ao jornal O Pasquim. Sua fala apimentada incomodou críticos mais ranhetas, a ponto de ser perseguida pela polícia e perder o emprego de atriz na TV. Mas nada a intimidava.