Judas Iscariotes foi réu confesso. Confessou o seu primeiro crime - "Pequei, traindo sangue inocente...", conforme Mateus 27: 4 - antes de evadir-se do mundo pela porta do suicídio. A rigor, qualquer tentativa de defesa de seu erro seria inadmissível, pois o ato foi recriminável. Porém, a bem da verdade, sua atitude não deixa de ser comum e corriqueira, como acontece até hoje em nossas vidas. Não é o que ocorre no campo das relações afetivas, no campo político, nas relações comerciais?... Todos, certamente, já tiveram a oportunidade de presenciar, ou ao menos tomaram conhecimento da "malhação de Judas", um fato que se repete todos os anos, em locais diferentes. Aqueles que se comportam como justiceiros, naquele ato simbólico, estariam isentos de culpa? Estariam em condição moral de apontar, julgar e condenar o erro alheio?