Esta obra procura investigar as possíveis relações entre cultura, formação e subjetividade no pensamento de Herbert Marcuse. As análises efetuadas permitiram encaminhar a reflexão acerca de um problema relevante para a atualidade, qual seja: que espécie de subjetividade e identidades sociais, no pensamento de Marcuse, vem sendo construída por meio do processo de criação e recriação da cultura. Duas hipóteses foram discutidas ao longo do trabalho. A primeira, é que a concepção de Marcuse a respeito da formação e seus conceitos correlatos e/ou interdependentes de subjetividade, família, cultura e sociedade deve variar ao longo de sua obra, tendo em vista novos interlocutores e a modificação da sociedade. A segunda hipótese remete à possibilidade de aprender, nas três fases da obra de Marcuse, uma teoria da mudança social que encaminhe resoluções para os novos problemas que a modificação do objeto, a sociedade capitalista, dispõe à Teoria Crítica. Conclui que a relação entre cultura e subjetividade sofre mudança de ênfase conforme vai se operando a integração da cultura na sociedade de massas. A análise histórica permitiu estabelecer os nexos entre os conceitos de subjetividade, família, cultura e sociedade, o que acabou por descortinar um potencial político novo para esses conceitos.