A cópula dos espelhos lembra um quebra-cabeça onde uma trama nasce dentro de outra trama, mas não se encaixam. Personagens usurpam a primazia da protagonista antes criada pelo autor, Afonso, que termina refém de uma voz feminina predominante. Por outro lado, o escritor é confrontado com assaltos bizarros a seus textos, sistematicamente desconstruídos durante a noite por uma entidade desconhecida. Ele suspeita do falecido tio Aparício, seu alter ego, e mantém monólogos ácidos e inconclusos com o retrato do poeta. Afonso tem por hábito anotar suas reflexões, ou Rizomas, e permanece em vigília a fim de descobrir o responsável pela desconstrução sistemática de sua obra.