Em 1808, sob a ameaça de invasão pelas tropas napoleônicas, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolve transferir a corte para sua mais importante colônia, o Brasil. Os navios lusitanos chegam ao Rio de Janeiro, trazendo, além da família real, centenas de funcionários e pessoas ligadas à corte portuguesa. É este Rio de Janeiro joanino - tornado de imprevisto a sede da Coroa - que renasce em cada uma das páginas de O rei, o Rio e suas histórias. Em cada um desses contos, o leitor é convidado a circular pela capital do início do século XIX, palco de grandes transformações arquitetônicas e sociais. Entre um beija-mão e um Te deum, conhecemos a negra Vicentina, o andarilho Pedro, a viúva Maria Inês, a buliçosa Das Virtudes, cujas vidas ficcionais se entrelaçam com as de figuras históricas como Carlota Joaquina, D. Maria I e D. Pedro.A rua do Ouvidor, a rua Direita e a igreja do Rosário são alguns dos cenários destas histórias de amor e aventura que envolvem sinhás, colonos, escravos, aristocratas e negociantes - heróis anônimos que habitavam a cidade. Com imaginação literária, rigor na linguagem e profunda pesquisa histórica, estes contos oferecem um painel precioso do Rio de Janeiro em um tempo de mudanças profundas e decisivas para a história do nosso país.