DOIS MIL E DEZENOVE é ímpar. Como um calendário de memórias turvas, o livro se faz. O mal físico que culmina na cruel - dade espiritual da personagem Débora é o gás asfixiante que evapora das páginas. Nada é feliz em dois mil e dezenove. Nem a intimidade dos amantes teria espaço no rastro doentio da narrativa de Hermano Falcone, um autor que vê o mundo diante do abismo do inconsciente coletivo da praga humana. Letícia Palmeira