Diante de tanta imperfeição que existe no mundo, continuamos a buscar a perfeição das línguas, como se fosse possível separá-las das imperfeições que compõem a natureza humana, talvez por que a linguagem, em que as línguas estão contidas, nas palavras de Hjelmslev (2009, p. 3), quer ser ignorada. Mas como ignorar aquilo que nos permite ser agentes singulares de um mundo cada vez mais caótico, modificado drasticamente pela humanidade, a ponto de se denominar uma era de antropoceno? No livro que você tem em mãos há reflexões que, em maioria, foram provocadas na disciplina com o mesmo nome por nós ministrada remotamente, em 2020, pelo Programa de Pós-graduação em Letras da UERJ, área de concentração Estudos de Língua. E textos de autores cujas pesquisas dialogavam na esfera da tradução, línguas e ensino. [...]