Esta coletânea discute uma questão que emerge junto com os estudos sobre classe operária e sociedade industrial no final do século XIX: a autogestão operária e as cooperativas de trabalhadores. Mas seu recorte é contemporâneo: a multiplicação de empresas autogestionárias e cooperativas, num contexto de capitalismo flexível a partir das últimas duas décadas do século XX. Os artigos contribuem para o debate sobre a crise do trabalho a partir de um conjunto de estudos empíricos que apontam criticamente para os dilemas do empreendimento cooperativo e da forma como os trabalhadores neles se inserem, procurando abranger a multiplicidade de situações, com seus dilemas, contradições e possibilidades.