Em 'Trincheira, palco e letras', o autor reúne um conjunto de ensaios sobre a literatura brasileira do século XX, formando um verdadeiro panorama crítico. O livro se divide em cinco blocos - 'Boêmios, letrados e insubmissos' trata dos escritores da nossa Belle Époque, tanto eminentes quanto secundários. São abordados a boêmia, o refinamento estético e as preocupações sociais da época, além da tensão entre nacionalismo e cosmopolitismo, como pano de fundo. Em 'Cena libertária', o autor faz uma verdadeira descoberta numa área pouco conhecida - a dos escritores libertários, nunca antes estudado sistematicamente como aqui. 'Interregno' traz dois escritores inovadores que reorientaram a prosa e a poesia do Brasil; Euclides da Cunha e Augusto dos Anjos. Já no amplo segmento 'Variações sobre um narrador sitiado', consagrado ao rebelde Lima Barreto, Arnoni diz coisas não apenas penetrantes, mas freqüentemente renovadoras. Na parte final, 'Retratos de fim-de-século', Sérgio Buarque de Holanda é visto de maneira muito pessoal pelo crítico, que também aborda outros autores mais recentes, completando o volume.