Em 1958, o cineasta americano John Huston já familiarizado com a obra de Sartre após montar Entre quatro paredes, convida o autor a escrever o roteiro de um longa-metragem sobre os anos de formação do pai da psicanálise. Desse convite nasce Freud, além de alma, uma apaixonada biografia que traça a trajetória dos primeiros contatos de Freud com tratamentos neurológicos até o início do desenvolvimento da teoria psicanalítica. O livro, que reúne ainda o segundo tratamento dado ao texto, além de uma sinopse e um quadro comparativo, é o único documento que registra o trabalho de Sartre sobre Freud, uma vez que, após tantas mudanças no roteiro, Sartre não permitiu que seu nome constasse nos créditos do filme.