Durante alguns anos no terceiro quarto do Século XX, parte da Argentina foi cenário do acordo delinquente entre fugitivos do Terceiro Reich, militares nativos e mercenários do tráfico de drogas. Celebrado em Bahía Blanca para implantar um microcosmo nazista nos trópicos, o plano se baseava nas teses da supremacia racial e imposição de uma ditadura, tomando de assalto o governo democrático pelas armas. O acerto envolvendo salteadores, traficantes e nazistas escapistas transmutou a soberania popular numa interminável caminhada de repressão, sem prazo de validade. Parte da população enfeitiçada por medos e alucinações, como o prisioneiro que se afeiçoa ao sequestrador foi nivelada na corrupção e no terror, que alienava consciências e a mantinha encabrestada, sem reação para a retomada do governo civil. [...]