O Imperialismo pode estar mais próximo da globalização do que se supõe. Embora o Imperialismo como o conhecemos não exista mais, a idéia de império continua viva. E é - como analisam Michael Hardt e Antonio Negri em IMPÉRIO - a nova ordem política da globalização. Esse livro mostra como o império emergente não é tão diferente da dominação imperialista européia e da expansão capitalista ocorridas respectivamente no início do século XIX e século XX. Apenas o """"império"""" de hoje traz elementos do constitucionalismo americano, com sua tradição pluricultural de expansão de fronteiras. Hardt e Negri analisam as mudanças culturais, econômica e jurídicas ocorridas nas últimas décadas e mostram como é mais simples identificá-las do que apreendê-las. E vão mais longe: insistem que estas só fazem sentido se dissecadas linearmente e comparadas a nossa própria definição de império ao longo das eras, uma ordem universal que desconhece limites ou fronteiras. IMPÉRIO identifica uma brusca alteração nos conceitos que formam a própria base filosófica da política moderna - como soberania, nação e povo. Hardt e Negri relacionam essa mudança filosófica a reviravoltas econômicas e culturais na sociedade pós-moderna - a nova forma de racismo, novos conceitos de identidade e diferença, novas tecnologias de informação, comunicação e controle e as novas rotas de imigração. Os autores mostram, ainda, o poder das corporações transnacionais e a crescente predominância de formas recentes de trabalho e produção. Mais do que simples análise, IMPÉRIO é um trabalho de filosofia política, que observa regimes de exploração e controle na nossa ordem mundial, a procura de um novo paradigma político, verdadeiramente democrático. Michael Hardt é professor de Literatura da Duke University. Autor de Gilles Deleuze - um aprendizado em Filosofia e co-autor, com Antonio Negri, de Labor of Dionysus: A Critique of the State-form. Editou com Paolo Virno Radical Thought in Italy, e com Kathi Weeks The Jameson Reader. Atualmente trabalha em uma pesquisa sobre a obra de Pier Paolo Pasolini. Antonio Negri, cientista social e filósofo italiano, nasceu em Pádua em 1933. Condenado a 13 anos de prisão, se exilou em Paris por 14 anos. Retornou à Itália e, desde 1997, cumpre pena na prisão de Rebibbia, em Roma _ atualmente em regime semi-aberto. É autor de A anomalia selvagem - poder e potência em Spinoza; The politics of subversion: a manifesto for the 21st century; Communists Like Us, com Felix Guatarri e Constituent Power and the Modern State.