Esta obra pretende contribuir para a discussão da questão das fronteiras nacionais/internacionais, tendo como perspectiva a sua relação com a comunicação e a cultura, a partir da História, dos movimentos migratórios, do rádio, da televisão, do jornal e da mídia digital. A base é o resultado do trabalho de pesquisadores brasileiros que têm a fronteira como foco, destituindo-a de uma visão unilateral e periférica. As identidades recriam-se e se constituem dentro de uma cultura, absorvendo e ressignificando os elementos e os sentidos dela provenientes. Em espaços de fronteira nacionais, esses traços tornam-se visíveis nas práticas socioculturais dos habitantes do lugar, cujas trocas cotidianas traduzem-se pelo atravessamento das influências culturais de um e de outro, seja pela língua, pela música, pelos costumes e pelas relações do cotidiano. A mídia eletrônica, impressa e digital interpreta e se apropria dessas práticas nas suas representações sobre a fronteira, fortalecendo tais identidades e registrando as novas configurações dos fenômenos identitários, diante do processo de desterritorialização e migrações na sociedade contemporânea.