A ideia de uma economia política da barbárie pode parecer um pleonasmo, como se esta forma social fundada nas objetivações abstratas do trabalho pudesse ser mais do que um tempo da pré-história da humanidade (Marx). A diferenciação que este conceito procura estabelecer, porém, é um corte histórico para explicar uma época em que as práticas da esfera econômica da vida social precisam se utilizar da rapina e do saque com uma frequência acachapante, ao ponto de se tornarem leis gerais que, por alguma razão alheia ao entendimento dos indivíduos nelas envolvidos, são pressentidas como necessárias para que tudo não desmorone. A diferença destas práticas com assim chamada acumulação primitiva de capital é que elas surgem historicamente em países capitalistas cujas formas essenciais da sociabilidade produtora de mercadorias estão constituídas.