Este livro tem como foco a personalidade marcante da história regional: mulher, latifundiária, escravocrata, membro da elite econômica e política do centro-oeste das Minas Gerais. Joaquina do Pompéu (1752-1824) sobrevive na memória de indivíduos, grupos e categorias sociais as mais diversas, nos municípios do Alto São Francisco. É a memória, a lembrança, ao mesmo tempo individual e coletiva, que constitui o verdadeiro objeto de análise desta obra. A partir das contribuições de pensadores tão diversos, mas igualmente instigantes, como, Proust, Halbwachs, Veyne e Benjamin, o autor refaz o percurso dessa memória tecida em torno da figura de Joaquina. Aqui o autor se afasta da historiografia tradicional, interessada no uso da memória oral ou escrita como mero recurso documental, à procura da verdade dos documentos históricos.