Este livro investiga o processo de construção de identidades homoeroticamente inclinadas que contos e romances de Caio Fernando Abreu traçam nos anos 70, 80 e 90. Analisando-se perfis de personagens, narradores e sua inserção na chamada homocultura (tecida por afinidades estéticas e performáticas entre indivíduos same-sex-oriented), o autor traça um painel das sensibilidades homoafetivas em sua busca por afirmação em meio ao processo de redemocratização do Brasil e da consolidação de uma nova sociedade de consumo não apenas de produtos, mas, também, de imagens e estilos de vida. Conceitos como queer, camp, homofobia e homofilia são problematizados, numa análise que busca verificar o lugar do homoerotismo na cultura contemporânea.