"O livro tem como foco da pesquisa as ações do Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental, Seção do Instituto de Pesquisas Educacionais, da Diretoria Geral de Educação e Cultura do Rio de Janeiro de 1930, durante a chefia de Arthur Ramos (1934-1939). A intervenção do Serviço junto às chamadas Escolas Experimentais buscou prevenir comportamentos considerados inadequados das crianças; objetivo que procura alcançar fazendo deslocamento conceitual de criança anormal para criança problema. Problemas que, para o médico-antropólogo Arthur Ramos e muitos dos seus colaboradores, podem e devem ser resolvidos, já que são oriundos das relações produzidas pelos diversos grupos sociais dos quais as crianças fazem parte: família, escola, comunidade onde vivem. Inicialmente levadas em seis escolas chamadas de experimentais, têm a pretensão de estender-se para todas as escolas públicas e, dessa forma, produzir, por intermédio da escola, novas formas de viver, agir, pensar na população em geral. [...]