Não-Ser: ensaios psicanalíticos, é o resultado da produção, vínculo e empatia de profissionais que trabalham na área de saúde, psicólogos, psicanalistas e médicos que são sensíveis ao questionamento: “O que é isso que é tão violento que me faz pedir clemência a mim mesmo? É a vontade de destruir, como se para este momento de destruir eu tivesse nascido” (Clarice Lispector, da crônica “Uma Ira”). Compreende-se melhor a psicanálise sempre quando somos receptivos a não-racionalidade de nossos desejos. Que o objeto de amor e ódio internalizado em cada um é fundamentalmente um objeto a ser consumido ou submetido, de modo que o sujeito passa a ser capaz de nutrir a constante ameaça interna aos conteúdos psíquicos desconhecidos.