Trabalhador infatigável das boas-letras, dotado de bom gosto e de invejável apetite literário, Alcy Cheuiche permite nesta obra antever o escritor de amanhã, quando tiver percorrido maior extensão na larga e longa estrada que se abre à sua frente, quando tiver tirado todo o proveito de seu estilo ágil, vivo e límpido, de seu esplêndido fluxo verbal, de ritmo agradável e tão bem servido por essas duas virtudes aparentemente antitéticas, mas complementares, de cujo senso de dose resulta o equilíbrio e a harmonia de qualquer obra de arte: a capacidade de fabulação e a verossimilhança, aqui tão presentes. - Mozart Pereira Soares, primavera de 1967 (No Prefácio à 1ª edição). Nesta novela, pontilhada de ironia, Alcy Cheuiche depõe sobre uma época que antecedeu a maio de 1968, suas esperanças e ilusões, seus conflitos de geração e de ideias. - Tarso Genro. Como um baixo-contínuo irritante, uma camada de significado de "O Gato e a Revolução" avisa ao leitor que a farsa de 1967 não é tão diferente desta de 2017. É uma continuação que nos faz pensar, que nos faz quem sabe perder a esperança, nos faz talvez renovar a indignação seja qual for nossa reação, é certo o valor desta reedição, tão significativa para o Cheuiche, para a literatura gaúcha e brasileira, para nós todos. - Luís Augusto Fischer.