SINOPSE: \u201cDois\u201d é um livro para os outros. Não há literatura que se mantenha de pé apenas para um: é necessário o dois, o segundo, o outro. Sem olhos, ouvidos e corações bem abertos e dispostos, a poesia - natimorta - naufraga. Jean-Paul Sartre afirma que são os olhos do leitor que completam o trabalho do escritor. Sérgio Sampaio diz que um livro de poesia na gaveta não adianta nada, pois lugar de poesia é na calçada. É a comunhão com o outro que possibilita a póiesis, o nascer do nada, sem chão, sem antecedentes. Esse é o mote deste livro: uma poesia gerada a partir de um olhar que, além de precisar do outro para \u201cser\u201d, persegue uma existência comum e preocupada com o outro.