A memória é capaz de escrever a história de uma vida, injetar nela certezas e definir os papéis de cada personagem. O narrador deste romance, porém, não é confiável. Aos 60 e poucos anos, careca e aposentado, Tony Webster recorre às lacunas de suas lembranças ao deparar com o passado. Uma herança inesperada o faz retomar contato com uma ex-namorada da adolescência, e abre o baú das reminiscências acerca de Adrian Finn, amigo brilhante dos tempos de escola, e que cometeu suicídio ainda jovem. De uma precisão desconcertante, Julian Barnes reflete sobre a fragilidade dos alicerces da memória através das investigações de Tony. Entre ironia, imperfeições e a subjetividade do tempo, O sentido de um fim é uma obra de rara maestria.