Durante muito tempo, a Religião Tradicional Africana (RTA) foi vista como superstição, magia negra, fetichismo e animismo, devendo mesmo ser suprimida, como provam algumas manifestações violentas contra seus espaços de culto. Seus membros eram, e continuam sendo, muitas vezes considerados infiéis, perdidos, pagãos e excluídos da salvação. Contudo, o que é de fato a Religião Tradicional Africana? Haveria nela algum valor salvífico? Seria possível manter um diálogo de salvação, fecundo e positivo, entre a RTA e a fé cristã? Este livro se dedica a responder essas questões, com o objetivo de oferecer uma reflexão que possa lançar bases para a instauração de um diálogo sensato, positivo e fecundo entre a RTA e a fé cristã. No atual contexto de pluralismo religioso no Brasil, esta obra se torna uma ferramenta importante no campo da pastoral e do diálogo inter-religioso.