O pensamento central do livro é a coleta de informações sobre o que pensa um grupo de pessoas que se propõe a trocar idéias sobre a polêmica aproximação entre a ciência oficial e a espiritualidade. Nos diálogos aparecem opiniões das mais variadas correntes do pensamento representadas por pessoas dos mais variados tipos psicológicos. Até aí nenhuma novidade, mas o que mais impressiona é que a troca de informações vai sendo conduzida de tal forma que se estabelece o respeito e a liberdade entre os membros da comunidade, não sem antes passar por algumas rusgas que se resolvem no decorrer dos diálogos. Observa-se também que a intenção de fazer proselitismo de uma corrente ou outra não tem lugar, pois a essência de um diálogo de alto nível intelectual não admite dogmatismo ou fanatismo. A Pergunta de Aristóteles: Como o espírito se une ao corpo? É o pano de fundo e o combustível para os debates que se traçaram entre o espiritismo, teosofia, ocultismo, ceticismo, logosofia, e até palpites desprovidos de qualquer racionalidade, mas que dão uma pitada de humor. As respostas foram apresentadas de acordo com o que até o momento pensam os representantes de cada corrente. Nenhum dos membros sustentou a imposição de suas opiniões e surgem várias respostas: o espírito se une ao corpo através da glândula pineal, do perispírito, da faculdade de sonhar, do cordão de prata, etc. Inclusive aqueles que se declararam contra qualquer idéia de dualidade. Porém, como o objetivo não é doutrinar, a resposta ficará a cargo do leitor que certamente meditará sobre o assunto. Fica no ar o vazio que surge da necessidade de se desenvolver uma mente mais capaz.