O entendimento da tecnologia como emblema da dominação do homem sobre a natureza, interiorizado na noção de desenvolvimento enquanto sinônimo de progresso econômico, acarretou graves efeitos colaterais. Essas consequências estão expostas nas escolhas para o campo dentro da estratégia brasileira de desenvolvimento que empurrou para o ostracismo grande parte dos agricultores familiares sob a justificativa de sua improdutividade e iminente extinção. Este livro apresenta uma crítica a essa concepção de desenvolvimento sob dois pilares: a proposta alternativa para a tecnologia e a produtividade da agricultura familiar. Por meio desses elementos trazemos à tona a discussão sobre a racionalidade do desenvolvimento que justifica as escolhas tecnológicas e produtivas sob a égide da busca pela modernidade.