Saber o que constitui uma boa morte tem sido uma preocupação dos filósofos desde a Antiguidade. Muitas das mortes dos quase 200 filósofos incluídos neste livro do também filósofo Simon Critchley foram, no mínimo, bizarras. Histórias de loucura, de assassinato e de fins trágico-cómicos abundam. Heraclito morreu sufocado em bosta de boi; Empédocles saltou para a boca de um vulcão; Jeremy Bentham foi embalsamado e posto em exibição na University College of London, Albert Camus morreu estupidamente num acidente de automóvel no auge da sua fama. Nesta história da filosofia a partir da morte dos seus protagonistas, Critchley mostra como aquilo que os filósofos disseram acerca da morte e a forma como viveram a sua nos pode ajudar a encarar de forma muito mais construtiva a nossa finitude.