Este livro representa uma importante contribuição para os estudos sobre as juventudes no Brasil e sua relação com as políticas de segurança pública. Ao se apresentar como sujeito-objeto da pesquisa, a autora nos chama a atenção para algo que já era discutido na Escola de Chicago: interessar-se por temas que são próximos de nossa própria realidade social, auxiliados pelo repertório teórico e metodológico. Ao colocar luz sobre a importância de se considerar o ponto de vista das juventudes, tece uma importante crítica à atual política de segurança pública no Estado do Rio de Janeiro vigente durante o período de (2007-2016), e vocaliza as percepções dessas juventudes que habitam as favelas e chamando a atenção dos gestores de políticas públicas que, não raro, descartam o seu ponto de vista no momento da sua concepção.