De 1938 a 1952, a música brasileira foi também "Música Viva". H.J. Koellreutter criou com esse nome um movimento musical e cultural, um grupo de compositores, uma escola de formação e um conjunto amplo e diverso de atividades. Essa gama original de realizações compreendeu a edição de revistas, de músicas, apresentação de concertos e audições experimentais, programa de rádio, etc. e pôs em relevo a "capacidade coletiva de uma geração". Os participantes e discípulos foram incontáveis. Música Viva acabou sendo criticada e atacada por muitos, mas acolhida e defendida por muitos mais. A dinâmica que impôs no meio musical gerou um forte e raro movimentoem nossa cultura. Produziu polêmica e forçou a tomada de posição de praticamente todos os músicos e artistas de seu momento. Mas de fato o que de melhor provocou foi a relação sobre o papel do músico na sociedade, sua função junto ao seu próprio tempo; a inquietação diante da criação contemporânea, do homem novo de cada dia e da responsabilidade do artista diante das problemáticas fundamentais de sua época. O movimento Música Viva está na base de algumas da mais significativas realizações musicais do país e criou a expressão-estandarte Idéias são mais fortes