Os laboratórios periféricos centram-se aqui sobre o potencial de experimentação para pensar novas formas e normas para a desconstrução do olhar clássico lançado sobre a cidade. o espaço partido, como pioneiramente observado por Zuenir Ventura, e o espaço agora exponencialmente fragmentado virão integrar-se ou partiremos para o grande favelao do futuro como sugere Mike Daves? O otimismo e o pessimismo da cultura periferica desfilam aqui lado a lado com as iniciativas culturais que buscam dinamizar o espaço, criando sustentabilidade, desenvolvimento economico e solidariedade nem sempre alcançados, pois essa história e longa e exige um exercício de compreensão. E esse exercício que a autora nos propõe em contraponto as versões feericas e eufóricas de uma periferia em versao pop, seja da violencia, seja dos eventos de repaginação. Tudo parece embalado por uma pegada publicitaria que transforma o determinado espaço em mercadoria. Discute-se neste livro a produção da diferença, o protagonismo periferico, a mediação fashion como mola do processo e a noção da periferia tanto no ambito nacional quanta no ambito latino-americano. Ao tratar-se do corpo, moda e espaço, amplia-se a discussao para alem da favela, evidenciando que as separações ocorrem nos espaços mais insuspeitaveis, criando a diferenc;a entre o mesmo, o próximo e o distante como alteridades simbólicas, como demonstram analises em lugares variados da cidade. A referencia a estetica carnavalizante e nossa Ida de Mídia propõe comentaios sobre os mecanismos produtores da espetacularização da notícia. o livro sublinha a separação, mas tambem aponta as caminhadas em direção a esfronteirização.