Os intelectuais ainda existem? Se existem, para que servem? A resposta a estas perguntas do filósofo alemão Johann Fichte, nas famosas conferências reunidas em 'O destino do erudito', não deixa de ser surpreendente, inclusive por sua contemporaneidade. 'Ao erudito falta, com mais frequência, o agir que o saber'. Agir, intervir no mundo, a partir das próprias condições geradas pelo conhecimento, é ou deveria ser, então, a função do erudito (ou do acadêmico, como diríamos hoje) - 'Todo acréscimo que a ciência recebe, aumenta os deveres de seus servidores.'