A opinião e o humor de Millôr Fernandes alcançam os leitores no país desde os anos 50, tempo da seção 'Pif-paf' na revista O cruzeiro. E ele teve o dom de manter-se presente, testemunha privilegiada de todos os episódios que empolgaram ou abalaram o Brasil, dando sua opinião e exercendo seu humor mesmo quando as condições para isso eram difíceis. Ao precisar de novos espaços, criou a revista Pif-paf; pressionado pela censura, ajudou a criar O Pasquim. Millôr ganhou um status reservado a raros escritores- se um fato sacode a opinião pública, muitas pessoas querem saber o que pensa disso alguém cuja personalidade elas respeitam. No Brasil, respeita-se Millôr, além de rir-se com ele.