Nove poemas se transformam em caminhos por onde Monja Coen e Fernando Zenshô nos conduzem com suas palavras e imagens. Caminhos de passeio e autoconhecimento. Como a própria autora admite, monges e monjas são figuras raras. E assim é o personagem Tantan, inspirado em Ryokan Taigu, um monge do Japão do século 18. Tantan, longe de ser alguém que perdeu a razão, aqui é retratado como um ser livre e plural, como os seres humanos - intensos e complexos na sua diversidade. Em cada poema, ele procura se autoconhecer e compreender o outro, buscando o significado mais verdadeiro nas coisas simples. Ele sabe também que nossa mente pode nos enganar e nos deixar orgulhosos, medrosos, prisioneiros. Daí a importância de saber ouvir nosso eu mais profundo e viver intensamente no presente. Descobrimos, então, que Tantan, na verdade, é muito esperto e divertido.