Quem são os profetas? Estranhos visionários inspirados pelos deuses? Poetas, cuja visão mágica mergulha na noite dos tempos futuros? Hábeis manipuladores das massas a serviço dos poderosos? Todas as épocas, todas as civilizações tiveram seus adivinhos. Na Antigüidade, eram seres arrebatados pelo entusiasmo, "habitados pelos deuses", que enunciavam oráculos: a Pitia, em Delfos, a Sibila, em Cumes. Entre os celtas, o consumo de bebidas inebriantes despertava, entre os iniciados, dos quais o mais célebre foi Merlin, o dom profético. Desde o advento do cristianismo, o Apocalipse inspirou a maioria dos textos sagrados. Quanto às predições modernas, devem ainda seu estilo e seus métodos ao mais controvertido dos grandes profetas: Nostradamus; assim, por exemplo, a profecia de São Malaquias, que continua de surpreendente atualidade. Que credibilidade atribuir a essas profecias? Esta vitória sobre o espaço e o tempo tem seus limites? Não é para o homem, antes de tudo, um meio de se crer senhor da vida e da morte?